Ria ou morra

8 07 2009

Por Acauã Pyatã (2º Semestre – CSPP)

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Estive mais uma vez rondando o Youtube atrás de vídeos realmente interessantes,e esbarrei com alguns comerciais veiculados nas emissoras argentisnas e admito, os nossos hermanos são realmente criativos. Estive observando um reclame em especial, que foi de um comercial de papel higiênico, e pude perceber que além do fator cultural influenciar diretamente a qualidade da propaganda produzida, ainda determina o nível de criatividade, e porque não dizer “humor negro” contido nelas. Mas não vou me deter a falar do reclame, que poderá ser visto no final deste artigo.

O senso de humor na propaganda, algo que tem a capacidade, assim como vários outros elementos, de tornar o anuncio muito interessante ou simplesmente acabar de vez com tudo e fazer o receptor da mensagem pensar: “ou quem fez esse anuncio é muito inteligente, ou é muito burro”. O humor faz apelo ao ser humano de forma que venha principalmente a prender a atenção de forma intuitiva. Todos nós quando presenciamos algo realmente engraçado ou que desperte aquele sentido de curiosidade, por vezes acabamos tendo a atenção voltada diretamente para o alvo que está gerando aquele momento de “felicidade”. Podemos observar ao longo da história da propaganda mundial e da propaganda brasileira tentativas de sátiras e de sacadas bem humoradas, algumas sutis como por exemplo, o clássico tio da Sukita e sua ninfeta que sempre lhe aplica um fora moral, e diga-se de passagem, quantos brasileiros não se identificaram com o “tio”, e na sequencia um reclame de carro que trouce a merecida vingança do tio da Sukita, o que causou de certa forma na época, creio que isso tenha sido em 2002 salvo engano, uma reação no público totalmente desejável.

Humor proporciona felicidade, e é isto que justamente a maioria das pessoas está procurando, por isso todo e qualquer evento que remeta a este estado de risos e gargalhadas sempre será bem vindo e prenderá a atenção das pessoas, contudo, é salutar informar que as vezes algumas coisas extrapolam, e acabam sendo censuradas, como o caso de várias propagandas que são proibidas pelo CONAR por possuir um humor nada divertido e muitas vezes mais negro que o mapa que aponta o caminho do inferno, podendo até mesmo gerar uma ideia de racismo social, étnico e sexual.

Existe uma diferença entre ser engraçado ao produzir um anuncio com ser palhaço. A propaganda brasileira precisa de pessoas criativas e divertidas, não de publicitários que se sintam um Bozzo na comunicação e pensem que podem sair por ai de sapato grande, cara pintada e nariz vermelho “pintando e bordando” o que bem entendem.

O senso de humor, dependendo da proposta de anuncio pode ser algo realmente interessante e definitivo, mas também pode ser algo que vai enterrar tua carreira como publicitário para sempre. Pense nisso.

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